Novo Cenário
Com a criação, em 1997, da nova legislação do petróleo, o país iniciou o processo de abertura de um setor até então fechado à iniciativa privada, desde 1953. A Lei 9.478 desregulamentou os mecanismos de preços, produção e vendas das refinarias existentes, inclusive as privadas, entre elas, a então Refinaria de Petróleo Ipiranga S/A atual Refinaria de Petróleo Riograndense S/A.
Essa mudança assegurou à empresa um período de cinco anos de transição, permitindo a adequação de seus parques fabris às novas condições de mercado. Diante desse novo cenário, a Refinaria, que operou durante 45 anos limitada em sua capacidade produtiva, iniciou uma nova fase em sua história.
Após 45 anos de limitação, a capacidade de produção da Refinaria Ipiranga evoluiu cerca de 30%, tendo processado 12.035 barris por dia durante o ano de 1999. O aumento de produção foi possível após a definição, em 1998, pela ANP, da titularidade da Refinaria, com base na capacidade operacional das instalações existentes.
Além do aumento, o perfil de produção foi alterado devido à possibilidade de uso de matérias-primas mais adequadas, com a importação direta de 60% do petróleo consumido a partir do segundo semestre de 1999.
Estes dois fatores permitiram à Refinaria adotar maior flexibilidade de produção, proporcionando melhor aproveitamento das unidades de processo em conformidade às necessidades do mercado.
Assim, manteve suas posições, com alavancagem no atendimento à demanda de diesel, por exemplo, e evolução nas vendas de matéria-prima para produção de bunkers (combustíveis para navios).
Em 2001 a Refinaria ampliou a sua capacidade para 17 mil barris/dia. Mas a alta do preço internacional do petróleo nos anos de 2003 a 2006 causou significativos prejuízos à atividade de refino.